A vida no automático

Estamos no automático: no trabalho, na vida, nas pequenas e às vezes nas grandes coisas. O automático não é de todo ruim, nosso cérebro consegue alternar o  nível de atenção. Se estamos fazendo algo que necessita de foco, vamos estar presentes naquele instante.

Entretanto, nos deixamos desligar em mais momentos do que deveríamos.

Eu adoro dirigir, adoro a estrada e longas distâncias. Sempre tento estar o mais presente possível e com a máxima atenção quando estou dirigindo. Sabemos o quanto o trânsito é perigoso.

Chegando no Posto de Abastecimento de Tutóia, em Araraquara (SP), duas placas despertaram imediatamente minha atenção: uma com velocidade máxima de 29 km/h e logo adiante outra com velocidade máxima de 21 km/h.

O que eu fiz? Imediatamente reduzi a velocidade para seguir a indicação das máximas das placas – mesmo não fazendo (aparentemente) sentido.

Aliás, eu sempre tento acreditar que se existe uma placa com uma instrução é porque alguém com conhecimento e propriedade determinou a necessidade dessa orientação. Se tem placa é porque tem história? Então vamos seguir as determinações.

A curiosidade me levou a ir atrás da história daquelas placas. Conversando com o time do PA, ouvi algo que fez total sentido: as placas estão ali para chamar a atenção de quem está passando, para sair do automático.

Comigo, funcionou. Uma ideia é simples e eficiente – como quase todas as boas ideias.