Cheirando as flores

Este texto terá um viés extremamente pessoal, sem uma estrutura pensada ou com muita revisão.

Eu tive um gato que era o Ferdinand: bonzinho, delicado, amoroso, sensível. Os adjetivos poderiam continuar e eu encontraria muitos outros para listar. O Filhote, o nome desse gato, era uma bondade em forma felina. 

Tal qual Ferdinand, o touro. 

Meu primeiro contato com Ferdinand não foi com o desenho da Disney de 1938, mas com uma tatuagem do Elliott Smith. Elliott é meu cantor/compositor favorito desde que o conheci em 2000 e bolinha. E aquela tatuagem, de um touro musculoso em seu braço tão fino, era instigante.

Naturalmente fui atrás do significado desse desenho (poucas coisas para mim ficam livres de entender o significado) e então… como combinou, como aquilo fez sentido, como Elliott era também, ele mesmo, o Ferdinand.

Quando tive condições, comprei o livro do conto original de Munro Leaf (Wikipedia explica bem). E de vez em quando revejo a animação original da Disney – seja na versão original ou dublada, que fica impagável com o “e sua mãe, que era uma vaca..”.

O impacto do trabalho do Elliott está há décadas literalmente na minha pele. Indiretamente, Ferdinand foi crescendo pelo lado de fora do meu ser. Um dia (logo) estará este singelo ícone de rodapé e ilustração belíssima marcada na pele.

(Há muitas tatuagens lindíssimas do Ferdinand por aí.)

É tão meu, é tão eu, que não poderia não estar no meu site.

Que todos encontrem suas árvores favoritas e possam cheirar suas flores em silêncio.

XO Elliott