Por que esquerdo?

– Certo. Qual é o seu e-mail?

– Eu vou soletrar, tem o meu sobrenome. Ême – ponto – ésse – tê – érre – ó – agá – ésse – cê – agá – é – i – êne – arroba – gmail – ponto – com. 

Olhar cheio de hesitações de um lado e do outro o questionamento: será que anotaram certo?


– Qual o seu e-mail, moça?

– Michele com um éle só e é no final arroba esquerdo ponto com ponto br. Esquerdo mesmo, sabe, como a palavra esquerdo. Esquerdo é meu site.


Resolve o problema de um e-mail fácil de ser dito e entendido? Diria que “despiora”. Mas está bom (por enquanto) – melhor michele@esquerdo.com.br do que m.strohschein@gmail.com 🙂

As pessoas não perguntam, mas geralmente sinto aquela curiosidade pairar assim que falo meu e-mail quando soletro: “mas por que esquerdo.com.br”? 

A resposta é simples: por que o domínio estava disponível.

Anos atrás, quando nomes de sites eram relevantes, eu tinha como passatempo ficar olhando se este ou aquele domínio estava registrado. Provavelmente esta distração tenha surgido do clássico site do Pudim (que acabei de verificar e continua firme e forte – e com a foto original publicada!).

E por que não strohschein.com.br (que inclusive está disponível para compra)? Precisava de uma forma fácil de falar e de as pessoas entenderem meu e-mail sem se perderem entre as trocentas consoantes do meu sobrenome.